Políticas de Extensão
Inicialmente, é imprescindível firmar que a política de Extensão da UFPA pressupõe o instituído pelo Plano Nacional de Extensão Universitária (PNEXT). Em decorrência desse vínculo, a extensão é assumida enquanto atividade acadêmica responsável, em sentido estrito, pela articulação do ensino e da pesquisa, assim como pela relação entre a própria Universidade e a Sociedade. De modo geral, então, pode-se dizer que, em sua política extensionista, a UFPA prima pela inserção da dimensão acadêmica da extensão na formação dos discentes e na construção do conhecimento. Ao lado disso, insiste no comprometimento da Universidade com a Sociedade, mediado por um nexo bidirecional de mútua possibilitação. Assim, o que se pretende é a ininterrupta proposição de ações e de processos, nuclearizados em Programas e Projetos extensionistas, nos quais se dá, inequivocamente, a relação autônoma e assertiva da Universidade em vista do desenvolvimento social, em especial do Estado do Pará e da Região amazônica, seus sítios geopolíticos mais imediatos. Para que o complexo escopo se cumpra, determinadas metas e estratégias são cruciais. Em primeiro lugar, incorporar, pelo menos, 10% do total de horas curriculares de formação acadêmica em atividades extensionistas, preferencialmente Programas e Projetos, para além dos espaços usuais de sala de aula. Para tanto, torna-se inadiável, no âmbito da UFPA, o claro reconhecimento da extensão em seu domínio pedagógico e, ao mesmo tempo, seu papel de construtora do conhecimento.
Mais de perto, importa estimular a criação de componentes curriculares em ações extensionistas, integrados aos próprios currículos em nível de Graduação. Pela mesma orientação, o reconhecimento das horas de integralização curricular, a partir da atuação em Programas e Projetos. Além disso, promover explicitamente o exercício da indissociabilidade entre Ensino, Pesquisa e extensão com a finalidade de garantir a dimensão acadêmica na formação discente. Para uma efetivação consistente do que foi exposto, um componente merece ser destacado. Trata-se, na verdade, da consolidação das Coordenações de Extensão no interior das unidades e, no limite, das subunidades acadêmicas da UFPA. Isso significa, frontalmente, a existência de uma instância integrante da estrutura organizativa de nossas unidades (campi, institutos e núcleos), cujo objetivo consiste na geração de políticas voltadas para Extensão Universitária, a partir da pluralidade e especificidades das áreas de formação que constituem a 71 Universidade, e em consonância às oito temáticas da extensão: Comunicação, Cultura, Direitos Humanos e Justiça, Educação, meio Ambiente, Saúde, Tecnologia e produção, assim como Trabalho. Tal domínio deve ser tomado, simultaneamente, como o potenciador e organizador das ações de extensão.
Entretanto, a institucionalização da extensão, por meio da curricularização e de instâncias organizacionais, requer outro elemento. Ele reside na definição de um sistema contemporâneo de avaliação e acompanhamento de suas atividades. Fundamentalmente, isso consiste na determinação de indicadores que propiciam a avaliação do universo da extensão. Mais do que isso, em tornar contínua a avaliação da extensão enquanto uma das balizas da própria avaliação institucional da UFPA. A partir desses referenciais, surge um imperativo incontornável para o próximo decênio. A ampliação e o adensamento das ações extensionistas traz consigo, ineliminavelmente, a mudança gradativa da estrutura de financiamento da extensão, na UFPA. De maneira mais objetiva, a transição para um modelo de fomento em que, por exemplo, a principal característica não seja, quase que exclusivamente, concessão de bolsas de iniciação à extensão e congêneres. Na verdade, a emergência progressiva de um sistema de financiamento, bem mais complexo e robusto, no qual, antes de tudo, os Programas e Projetos sejam assegurados integralmente, por meio de editais regulares. Em vista disso, há a necessidade do lançamento de editais que contemplem investimentos e custeios para as diferentes temáticas do domínio extensionista, cujas experiências iniciais já ocorrem.
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